Por Alane Reis
Sobre a História de uma margarida que vivia em um roseiral
Em meio a um roseiral
Vivia uma margarida
Que antes tão alto astral
E agora sempre abatida
Um jardineiro observador
Não entendia tal mudança
E indagou a pequena flor
Sobre como andava estranha:
- Pobre margarida triste
Tem os olhos gritantes de dor
Quem ou o que te agride?
Será que sofres de amor?
- Apesar da aparência formosa
Suas lágrimas são tão penosas
- No seu rosto havia um sorriso cativante
Sua face era a cara da alegria
Hoje sua angustia é alarmante
Saudades do tempo que você sorria
- Sua voz que era sempre escutada
Emudeceu-se sem razão
Agora tu és tão amargurada
Que dor corrói o seu coração?
- Quem te maltratou?
Quem fez mal a ti?
Se o Margarido não te amou
Não adianta ficar assim
A margarida sem saber o que dizer
Com a voz tristonha resolve responder:
- Jardineiro, não sofro de amor...
Sou uma margarida num jardim de rosas
Sou diferente na cor, no odor
Perto delas minha beleza é duvidosa
- As rosas se acham tão perfeitas
E me discriminam a cada instante
São tão cheias de certezas
E me acham tão ignorante
- Em outros lugares sou aplaudida
Aqui sempre sou humilhada
Sou uma flor inofensiva
Perto das rosas me sinto um nada
- Cansei de ser assim
Fizeram-me ovelha negra nesse jardim
- Mas um dia quando força eu tiver
Deixo de ser sempre a flor errada
Vou m’embora pr’um jardim qualquer
E lá eu sei, serei amada
- E no dia que eu partir
Chorarei por elas
Mas voltarei a sorrir
Sentirei saudades das belas
E no fundo sei que elas
Sentirão saudades de mim
2 comentários:
Brigadu viu, é muito bom mesmo saber q as pessoas leem e gostem do q a gente escreve neh... valew viu moça bjão
Alane,
Bom encontrar um blog como o seu, que grita por mudanças.
Gostei do poema, e também escrevo.
É só clicar aqui: http://rascunhosdeandreavaz.blogspot.com/search/label/Poemas
Boas energias!
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