Poesias - Notícias - Politicagem - Comportamento - Cultura - Sexualidade - Assuntos Sérios - Bobagens Necessárias - e Tudo Mais Que Eu ou Vocês Queiramos Falar - Tudo isso abordado com discontração e irreverência, às vezes de modo requintado e às vezes com linguagem totalmente escrachada. Participem das discussões, proponham assuntos pra novos posts, e não façam cerimônia, porque aqui a gente fala Do Que Quiser Falar .

sábado, 31 de julho de 2010

Casos de família

Por Alane Reis
Sobre mistérios da genética e as observações intercósmicas da minha avó.


Não caro leitor, você não entrou no site do SBT e caiu por acaso na página do programa cultural e construtivo Casos de Família, eu apenas pedi o meu título emprestado a colega Christina Rocha (apresentadora do programa), porque as peripécias relatadas nesse texto assemelham - se com a temática trabalhada pela também jornalista Chirs Rocha.

A história é de Nmachi, nascida no sul de Londres a pouco mais de uma semana, um bebê de cabelos loiros e olhos azuis, comum como tantas outras crianças inglesas, fosse o detalhe, seus pais Dad Ben e Angela, são um casal nigeriano, que já tinham dois filhos negros, mudaram - se há 5 anos do país africano e garantem não possuir nenhuma ascedência branca. As explicações racionais que explicariam a cor da menina foram descartadas, um exame de DNA comprovou a paternidade de Ben, o caso não se trata de albinismo, e na árvore genealógica da família não existe nenhum parente da cor branca.

Nmachi segue para sua segunda semana de vida, sendo hoje o maior desafio nos estudos mundiais sobre genética. Esse caso fez com que eu lembrasse da minha avó, ela tinha o hábito de me contar histórias, eu adorava ouvir, mesmo sem acreditar em todas, certa vez a velha falou que em uma dessas suas andanças pelo mundo conheceu uma família, onde todo mundo era negro, pai, mãe, irmãos, avós apenas uma menina era loira, cabelos lisos e olhos claros, custei a acreditar na dona Tereza, mas ainda lembro das palavras dela "Ooh Nana é certo que filho de urubu nasce branco, mas essa daí Deus esqueceu de dar a cor quando foi crescendo, tadinha, hoje é diferente da família", minha avó deve tá lá no céu rindo da neta descrente, que ousou a duvidar da história dela, e acompanha o noticiário interessada a espera da explicação de meia dúzia de cientistas, perdão minha avó, talvez a Nmachi que um dia me contaste também seja verdadeira.

Alguém por aí conta outra, verdadeira ou não!?

quarta-feira, 28 de julho de 2010

E lá se vai uma madrugada de crise sobre existecialismo.

Por Alane Reis
Sobre Felicidade

Felicidade, atualmente onde a encontr... um momento, é tão clichê começar um texto com o nome de um sentimento, e até vira novelinha das oito quando a palavra em questão é seguida de um advérbio de tempo que remete ao presente. Mas espere um pouco, eu vou falar de sentimentos, não existe nada mais clichê, além do mais, novela das oito sempre é sucesso de audiência, de qual quer forma, começarei de novo.

No meio das inúmeras revoluções (tecnológica, econômica e cultural) que passaram pelo mundo, os valores vem sendo reformulados, ficando uma dúvida em mim: Hoje qual é nosso o ideal ocidental contemporâneo de felicidade? Fazendo essa pergunta a maioria das pessoas da minha idade, provavelmente irei ouvir respostas do tipo "Ser feliz é ter um namorado(a) bacana, aquele(a) com o corpo legal, que me leve a lugares, eh... legais né?", ou "É ir pras melhores baladas, pegar geral, curtir com os brothers, e tomar tooodas", ou "É ter dinheiro pra fazer o que quiser", uns mais conscientes irão responder "Sucesso profissional meu bem, isso é felicidade". Há uns dias eu venho pensando nisso, no que é ser feliz, e olhando em volta, percebo que o nosso modelo "happy life" vem se construindo em cima de capital acumulado agregado a relações efêmeras.

Mas espere um pouco, eu faço parte dessa geração fútil que cútua o corpo, o dinheiro e vive de sexo casual. Será que eu estou sendo hipócrita? Não, não, tsc, um texto inteiro pra reescrever. Vamos por partes. Balada? Eh... é bom, encher a cara também, quem não gosta de enfiar o pé na jaca de vez em quando? As vezes é até necessário, mas a longo prazo, hunmm! Não tem organismo que aguente. Agora, assim, dinheiro é bom, e traz felicidade sim, dinheiro só não traz felicidade pra quem não tem, mas o meu luxo, o meu desperdício, o meu carro, e o meu celular novo todo ano, valem a degradação do meio ambiente e a pobreza extrema de milhões de pessoas? Não, COM CERTEZA NÃO. Pulemos pra outro ponto, sexo... humm, sexo é bom, muito bom, e não tem contra indicações, é bom de cima, de baixo, de lado, de quatro, de três, de dois, na falta vai até de um, mas com o tempo fica vazio, e a gente sente falta de algo que não sei o quê (ow sejamos sinceros, fingimos não saber). Pronto então, felicidade é sucesso profissional mesmo, e como isso é bom, te dá aquele ar de superioridade, típicos dos insuportáveis, dos bem sucedidos, dos que fizeram por onde... mas no fim? ... bem lá no fim, quando a maricona (gíria de povo de teatro, pra falar dos gênios que já não trabalham) estiver velha, na sua casa imensa, seus inúmeros livros e discos, é só por amor, que irá - se dormir e chorar ao lado da garrafa de vodcka, russa de preferência, ao som de um MPB dor de cotovelo, ou daquele Jazz que enlouquece, é só por amor que a lágrima escorre, só por amor, e quem nega. Mente! A audiência da novelinha das oito, tá aí pra comprovar a minha tese.
E por aí, de onde vem a felicidade??

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A amizade Brasil e Irã e a PORRA da politicagem

Por Alane Reis
Sobre Politicagem

O Lulinha prestes a completar o oitavo ano de mandato como presidente da federação brasileira, deixará o posto com no mínimo algumas polêmicas, a bola da vez é o Irã, o país está mantendo uma prática de enriquecimento de urânio, enquanto circula uma política (que só Deus sabe, até onde quão verdadeira) de desarmamento mundial. Resultou que todo mundo resolveu fechar a cara pra Mahmoud Ahmadinejad (presidente iraniano), só o Brasil que vem mostrando um certo interesse, e uma simpatia nem tão camuflada a questão, posicionando - se ao lado do Irã e deixando pulgas atrás da orelha, sobre a intenção dos flertes brasileiros a um país que se orgulha de eleger de maneira direta o seu presidente, mas nem ao menos se retrata sobre as especulações mundiais de corrupção eleitoral.
Funciona mais ou menos assim: Os Estados Unidos mandou avisar que não quer que mais ninguém tenha bombas (mas claro, as deles não contam, afinal... Ah o que dizer dos Estados Unidos da América), o Irã que aprendeu a brincar com fogo (ops, com urânio), resolveu não acatar, não se explicar, não conversar, e continuou na sua com as suas bombinhas, valendo ressaltar que ele não é o único país a possuir arsenal bélico nuclear. Não aceitando o "insulto" iraniano, Obama resolveu endemoniar o país árabe, como se já não bastasse os seus próprios demônios (guerras civis, desigualdade social, corrupção). No fim da brincadeira, todo mundo comeu a pilha, mas o Lula não (que fique bem clara a minha não intenção de enaltecer ou criticar o governo Lula). O nosso presidente vem se colocando como porta voz de uma causa bastante delicada, foi o único capaz de ouvir o Irã e intermediar um diálogo entre ele os Estados Unidos.
O caso é que toda tentativa brasileira de apaziguamento foi frustrada, só que nessa história ninguém é mais menino e "tá" de inocente numa causa no mínimo "um pouco" preocupante para a população mundial. Os Estados Unidos anda apreensivo com a instabilidade de sua hegemonia bélica, e com a falta de controle que possuem em relação ao Irã, dessa forma a única solução encontrada é reproduzir discursos discriminatórios sobre países árabes (de maneira geral). O Irã experimenta a sensação de poder, e parece estar se sentindo muito a vontade "do outro lado da força", e o Lula que entrou de supetão na história, levanta inúmeras suspeitas ao se envolver numa questão que diretamente (e atualmente) nada interessa ao Brasil, mas como foi dito no início do texto, seu mandato está chegando ao fim, e uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU é sempre interessante, a quem (agora) não pode se (re)candidatar.

VII Festival da Biko



Confira a programação:

30 de julho (sexta feira)
Abertura - Seminário: 18 anos de Cidadania e Consciência Negra: Transgredindo Espaços; Transformando Realidades.

Local: Auditório da Biblioteca Pública do Estado da Bahia - Barris

Horário: 18 horas.

Compondo a mesa do seminário:

*Ceres Santos
*Geri Augusto
*Edenice Santana
*Talentos Bikudos


31 de julho (Sábado)

Local: Praça Tereza Batista - Pelourinho

Horário: 16 horas

*Talentos Bikudos
*Os Negões
*Dj Sankofa
*RBF
*Afro Jhow
*Didá
*Aloísio Menezes
*Juliana Ribeiro
*Grupo Aro 7
*Lazzo Matumbi