Por Alane Reis.
Sobre a paisagem urbana.
Eu nasci culpado
Carrego minha culpa na pele
Negrinho, preto, pardo
Assim a mim eles se referem
Desde criança pago pelo meu crime
Que sem saber cometi no ventre
Na fala, no olhar, o ódio se exprime
Mas minha culpa não me é aparente
Filho do mundo e das ruas
A gente nasce sem escolhas
Realidade é servida crua
Sociedade cega ou caolha
Ninguém conhece a minha cara
Pois estou em vários rostos
Nem ouve a minha fala
Quem está do lado oposto
- Moleque, pivete, delinquente
- Ladrãzinho, tão novo já descrente!
É menino, menina, homem e mulher
Animal? Vegetal? Gente não é!
BRASIL - UM PAÍS DE TODOS!?
Negrinho, preto, pardo
Assim a mim eles se referem
Desde criança pago pelo meu crime
Que sem saber cometi no ventre
Na fala, no olhar, o ódio se exprime
Mas minha culpa não me é aparente
Filho do mundo e das ruas
A gente nasce sem escolhas
Realidade é servida crua
Sociedade cega ou caolha
Ninguém conhece a minha cara
Pois estou em vários rostos
Nem ouve a minha fala
Quem está do lado oposto
- Moleque, pivete, delinquente
- Ladrãzinho, tão novo já descrente!
É menino, menina, homem e mulher
Animal? Vegetal? Gente não é!
BRASIL - UM PAÍS DE TODOS!?
Pra mim não chegou...
Igualdade é piada,
E o filme é comédia ou terror?
Do outro lado
A fronteira é o vidro do carro
Seu doutor assiste calado
A madame finge nem ver
Um povo que nasceu condenado
E a punição é viver!
... O tempo passa...
Pivete já é adulto
Quem cresceu no terror
Não conhece o amor,
Não entende o perdão
E de arma na mão é capaz de tudo.
Trafica, rouba, mata
Agora seu doutor
Quem foi caça é caçador
PÁGINA POLICIAL:
É morto fulano de tal a queima roupa por um marginal.
Está cumprido o destino do menino
Que quando na rua franzino
Ninguém soube enxergar
Hoje, meliante assassino
Sociedade e justiça sabem julgar.
Igualdade é piada,
E o filme é comédia ou terror?
Do outro lado
A fronteira é o vidro do carro
Seu doutor assiste calado
A madame finge nem ver
Um povo que nasceu condenado
E a punição é viver!
... O tempo passa...
Pivete já é adulto
Quem cresceu no terror
Não conhece o amor,
Não entende o perdão
E de arma na mão é capaz de tudo.
Trafica, rouba, mata
Agora seu doutor
Quem foi caça é caçador
PÁGINA POLICIAL:
É morto fulano de tal a queima roupa por um marginal.
Está cumprido o destino do menino
Que quando na rua franzino
Ninguém soube enxergar
Hoje, meliante assassino
Sociedade e justiça sabem julgar.
Um comentário:
Poesia show de bola!
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